TJPR

A Ligga Arena foi palco de diversas ações de conscientização contra a violência doméstica durante a partida entre Athletico-PR e Azuriz, disputada no sábado (08/03), válida pelas quartas de final do Campeonato Paranaense. A iniciativa realizada no Dia Internacional da Mulher faz parte de um acordo de cooperação estabelecido entre o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), e a Federação Paranaense de Futebol (FPF). 
 
O objetivo é reforçar campanhas educativas sobre a violência contra as mulheres nos estádios de futebol, um ambiente predominantemente masculino. “Queremos promover ações de conscientização a respeito da importância de tratar o tema também no meio do futebol. É um ambiente propício para que possamos multiplicar informações e debates referentes à prevenção da violência doméstica”, explica a juíza integrante da Cevid, Fernanda Karam de Chueiri Sanches. 
 
Na partida na Ligga Arena, mensagens sobre o tema foram exibidas no telão e no led interativo do estádio. Cartazes informativos com números de denúncia também foram colocados em todos os banheiros femininos do local. As ações também visam incentivar uma mudança de cultura, tornando os estádios mais acolhedores para as mulheres. “Buscamos tirar esse status de ‘ambiente masculino’. Não tem mais que existir isso. A mulher pode estar onde ela quiser. Nós já vemos nos estádios muitas famílias, crianças e é isso que queremos: uma cultura de respeito e de igualdade tanto fora quanto dentro dos estádios”, afirma a juíza da Casa da Mulher Brasileira, Camila de Britto Formolo. 

O planejamento é repetir as ações em outros jogos. A gerente de comunicação da FPF, Lara Mota, destaca o alcance que a campanha vai alcançar, já que a entidade está envolvida na organização de diversas competições ao longo de todo o ano. “Uma campanha com essa abrangência, que vai chegar em todas as regiões do estado, vai beneficiar todas as mulheres”, ressalta. 
 
Quem estava nas arquibancadas e acompanhou a iniciativa no dia do jogo, aprovou a mensagem transmitida.  “É bem importante que os homens estejam atentos ao que isso representa para as mulheres, porque, às vezes, eles nem sabem o que é a violência doméstica. Acham que é só o tocar e nem sempre é isso”, diz a torcedora Paula Larissa de Moura Fogaça. “Esse tipo de campanha é fundamental para nós mulheres que somos mães, esposas. Queremos ter essa segurança de poder estar aqui de uma forma tranquila”, reforça a torcedora Luana Macedo.